Organizada pela SPR em conjunto com a Sociedade de Radiologia Norte-Americana (RSNA), a 54ª Jornada Paulista de Radiologia será realizada de 2 a 5 de maio de 2024, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. A edição de 2024 marca os 10 anos da parceria entre a JPR e a RSNA, que co-organizam a jornada bianualmente.
O período de pré-inscrição vai até 24 de abril – garanta sua vaga.
Serão apresentados cerca de 40 cursos simultâneos das subespecialidades da Radiologia, além de cursos para profissionais de áreas correlatas; para isso, a Jornada conta com cerca de 950 professores, brasileiros e estrangeiros – veja a programação do evento.
Conheça, a seguir, profissionais brasileiros que atuam no exterior e estão confirmados para o evento!
“Me mudei para os EUA em 2006. Já participei da JPR outras vezes e acho que é um encontro fantástico, com conteúdo educacional atualizado e de grande qualidade. É uma oportunidade incrível para profissionais da área se atualizarem e trocarem experiências.
Acredito que neste ano será uma excelente oportunidade para discutir os avanços recentes em informática dentro da radiologia e inteligência artificial, e como essas ferramentas podem ser aplicadas para melhorar o cuidado ao paciente. Estou especialmente empolgado para ver como as novas tecnologias estão sendo integradas na prática clínica e como podemos tornar esses avanços acessíveis para uma variedade de profissionais com diferentes formações.
Minhas aulas são projetadas para tornar o conteúdo acessível independentemente do seu nível de experiência anterior com informática ou inteligência artificial. Vou focar em descrever elementos importantes para implementações bem-sucedidas, considerações importantes para o futuro no mundo da IA e como essas tecnologias podem ser usadas para melhorar o cuidado ao paciente. A ideia é oferecer um panorama abrangente, que possa inspirar e equipar os profissionais para explorar essas ferramentas em suas próprias práticas.
A parceria entre a RSNA e a SPR na organização da JPR é fundamental. Esse tipo de colaboração entre sociedades é uma excelente maneira de fomentar a troca de conhecimentos e abrir nossos horizontes para diferentes possibilidades de melhorar o cuidado ao paciente. Essas parcerias ampliam o alcance do evento, atraem um público mais diversificado e enriquecem o conteúdo apresentado, garantindo que ele seja relevante e de ponta.
Acredito que as tendências na minha área de Radiologia estão relacionadas ao uso de ferramentas sofisticadas, como a IA, para oferecer um cuidado melhor e mais compassivo aos pacientes. Nos próximos anos, os profissionais da área devem ficar de olho na integração ainda maior da IA na prática clínica, não apenas para melhorar a precisão diagnóstica, mas também para otimizar fluxos de trabalho, melhorar a eficiência e, finalmente, melhorar a experiência geral do paciente. A colaboração contínua entre engenheiros, clínicos e pesquisadores será crucial para realizar esses avanços de maneira ética e eficaz.”
Dr. Luciano Prevedello
Diretor Associado de Informações Clínicas, Diretor do Laboratório de Inteligência Aumentada em Imagens, Vice-presidente de Informática Médica e Inteligência Aumentada em Imagens, Professor Associado-Clínico e Diretor Médico do Laboratório de Visualização 3D e Avançada do Ohio State University Wexner Medical Center, em Columbus, Estados Unidos.
“Durante o último ano da minha graduação em Medicina no Brasil, realizei estágios em hospitais dos Estados Unidos, o que despertou meu desejo de fazer a residência médica no exterior. Após concluir a faculdade, me mudei para Boston, onde me dediquei à pesquisa em Informática em Radiologia por dois anos no Brigham and Women’s Hospital, vinculado à Harvard Medical School. Paralelamente, preparei-me para as provas de revalidação do diploma médico nos EUA (USMLEs) e apliquei para a residência em Radiologia. Completei minha residência na Emory University, em Atlanta, e um fellowship em Radiologia Abdominal no Massachusetts General Hospital. Em 2021, fui contratada pela Emory University como radiologista especializada em abdômen e informática.
Já estive na JPR há mais de dez anos, durante minha formação em Medicina; tive a privilegiada oportunidade de acompanhar meu pai, que é radiologista, a uma das edições do evento. Essa experiência foi extremamente enriquecedora e significativa para mim, marcando um dos primeiros contatos profundos que tive com a comunidade radiológica. Estou muito feliz e grata pela chance de retornar a este evento, agora não mais como acompanhante, mas como profissional e palestrante, podendo contribuir para a mesma comunidade que tanto me inspirou no início da minha carreira.
Embora toda a minha formação tenha sido nos Estados Unidos, nutro grande expectativa de estabelecer conexões profissionais valiosas no Brasil, meu país natal, reconhecido por seu notável talento na área. Vejo esta oportunidade como uma via de mão dupla para o intercâmbio de conhecimentos e experiências profissionais.
Minhas aulas integram a colaboração entre a JPR e a revista RadioGraphics, onde atuo como Associate Editor. Abordarei o funcionamento do corpo editorial composto por estudantes, residentes e fellows, conhecido como RG Trainee Editorial Advisory Members (RG TEAM). Participarei também de sessões dedicadas à discussão de artigos de destaque do RadioGraphics, com a apresentação de autores brasileiros.
Este ano, tenho o prazer de anunciar que as inscrições para participar do RG TEAM estão abertas no site da RSNA. Esta é uma excelente oportunidade para futuros radiologistas em treinamento interessados em contribuir para a comunidade científica.
Olhando para o futuro, a inteligência artificial (IA) tem sido um tema recorrente nos últimos anos, destacando-se por seu potencial de aprimorar a eficiência e produtividade dos radiologistas. Com o esfriamento da euforia inicial e a diminuição das preocupações sobre a substituição por máquinas, a chegada de novas soluções de IA ao mercado marca um momento crítico. Agora, é essencial que os radiologistas, mesmo aqueles não envolvidos no desenvolvimento de IA, busquem compreender como avaliar esses produtos levando em consideração aspectos éticos para fazer escolhas informadas sobre sua implementação na prática clínica.”
Dra. Patrícia Balthazar
Radiologista nas divisões de Abdômen e Informática em Imagem, na Emory University em Atlanta, Geórgia, Estados Unidos. Após se formar na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, fez pesquisa em Informática em Imagem na Harvard, residência em radiologia na Emory University onde serviu como residente chefe, e fellowship em imagem de Abdômen no Massachusetts General Hospital/Harvard Medical School. É Associate Editor do jornal RadioGraphics. Seu currículo inclui mais de 60 artigos publicados em revistas indexadas e múltiplos prêmios de reconhecimento de excelência e financiamento de pesquisa por instituições americanas, incluindo o RSNA.
“Moro em Raleigh, NC, há 15 anos. Trabalhava para uma multinacional e fui transferido em 2009 para cá. Acabamos ficando, adquirimos cidadania e meus filhos nasceram aqui.
Fui à JPR nos 2 últimos anos, esta será a 3a vez. Espero fazer muito networking, saber o que está acontecendo de novo, novas tecnologias, principalmente com IA, entender como os centros de imagem veem a IA, quais as opiniões com relação a IA x retorno de investimento (ROI) e quantos CDIs realmente adotaram IA e os que não, e por quê.
Em minhas aulas, vou falar sobre as novidades da inteligência artificial para mamografia, principalmente na otimização de processos e, por último, entrar um pouco mais a fundo em como a IA tem ajudado na qualidade da aquisição da imagem.
Com certeza, IA é o presente e futuro, é só o que se fala. Sabemos que está aqui para ficar. Entretanto (e infelizmente), a maioria dos algoritmos ainda não conseguem trazer um ROI claro. Diferente da indústria metal-mecânica, que utiliza métodos de qualidade total na sua produção há décadas, a área da saúde está muito aquém com relação a tais processos. Inclusive eu toco rapidamente nessa comparação da indústria metal-mecânica. Eu penso que os profissionais da saúde devem buscar mais informações de como melhorar seus processos, mas não somente com o intuito de fazer mais e ganhar mais, mas sim em fazer mais com uma qualidade superior, o que resulta em um melhor cuidado com do paciente. É basicamente o que a metodologia Lean Healthcare (usada na indústria de fabricação) e Value-based care estão tentando mudar.”
Dr. Rodrigo Borowski Greco
Empreendedor, com 16 anos de experiência, focado no crescimento de startups. Nascido e criado em Porto Alegre, Brasil, formou-se em Engenharia Mecatrônica e mudou-se para os EUA em 2009. Trabalhou em diversos setores (desde multinacionais a pequenas startups) e funções (de engenharia a vendas) até fundar a primeira startup de sucesso em 2019. Nos últimos 5 anos, tem focado na área de Healthtech, mais especificamente em Radiology AI. Acredita que, através da paixão, persistência e transparência é possível superar qualquer barreira e alcançar seus objetivos.
