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Janeiro de 1994

Janeiro de 1994: Dr. Feres Secaf ganha homenagem em curso da SPR

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Em janeiro de 1994, ficou destacada a participação da SPR na organização do 11° Curso de Diagnóstico por Imagem em colaboração com a Unidade Radiológica Paulista (URP). Dr. Nestor de Barros, até então presidente, expressou seu reconhecimento ao Dr. Feres Secaf, médico visionário e radiologista dedicado, que desempenhou papéis essenciais na evolução da radiologia no Brasil.

O Dr. Feres Secaf foi elogiado por seu apoio incansável às atividades de ensino, sua participação pioneira em discussões sobre a Tabela de Honorários e seu papel na aquisição do primeiro apartamento que se tornou a sede do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) naquele momento. Sua visão e dinamismo levaram a investimentos precoces em tecnologias passadas como tomografia, ultrassonografia e mamografia.

Em homenagem a essas contribuições, a SPR decidiu conferir ao Dr. Feres Secaf o título de Sócio Honorário e nomear o curso como “Curso de Diagnóstico por Imagem Dr. Feres Secaf”.

 

Equipamento de RM na Santa Casa de Ribeirão Preto

A Santa Casa de Misericórdia e o Instituto de Diagnóstico por Imagem, em Ribeirão Preto, inauguraram as novas instalações do Serviço de Radiologia com a aquisição de um aparelho de ressonância magnética (RM) de aproximadamente um milhão e trezentos mil dólares. Naquele momento, o hospital passou a possuir uma gama completa de equipamentos, incluindo angiografia digital, densitometria óssea, ultrassom com doppler colorido, tomografia computadorizada, mamografia de alta resolução e radiologia convencional.

O investimento total no novo serviço, incluindo o aparelho de RM, atingiu cinco milhões de dólares, conforme o orçamento estabelecido pelos então diretores Gilson Soares de Faria e Carlos Vitor Bergamaschi. O equipamento da marca Vectra da GE oferecia imagens em três dimensões, permitindo uma análise detalhada sem radiação ionizante. A RM é de médio campo, alta resolução e projetada para receber futuras tecnologias.

 

Os riscos de seguir a Tabela da AMB

No final de dezembro de 1994, o presidente da AMB, Dr. Mário Cardoso, entrou em contato para discutir um contrato do grupo CIEFAS com duas clínicas em São Paulo para ressonância magnética. Essas clínicas cobravam entre 1.300 e 1.500 cruzeiros por procedimento, desafiando os valores estabelecidos na Tabela AMB-92. O presidente da AMB propôs uma visita às clínicas, envolvendo o presidente do CBR e um representante do CIEFAS, para avaliar a qualidade dos exames. Se a qualidade fosse comprovada e os preços justificados, o presidente da AMB consideraria a redução dos valores na Tabela AMB-92 para ressonância magnética.

O CBR, embora ciente da pressão sobre a Tabela, enfrentava limitações para reverter essa situação. Havia uma preocupação ética sobre a prática de sub-preço em serviços de ressonância magnética, e a falta de coesão na conduta de alguns profissionais era vista como prejudicial para a coletividade. Existia um apelo para que aqueles que praticavam o sub-preço reconsiderassem suas atitudes, pois o prejuízo afetaria a todos e colocava em risco os princípios éticos da profissão médica.