Científico

Abdome

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História clínica

  • Paciente feminino de 10 anos.
  • Em acompanhamento de LLA em programação de TMO.
  • Assintomática no momento da avaliação.
  • Apresentando alteração em exames de triagem pré-transplante.

Imagens

Ultrassonografia – 16/04/2024

Formações nodulares dispersas pelo parênquima hepático, com dimensões variadas, apresentando limites bem delimitados, hipoecogênicos, heterogêneos, com áreas císticas e calcificações puntiformes de permeio.

Discreta vascularização periférica.

RM – 18/04/2024

Sinais de hepatoesplenomegalia.
Múltiplas imagens nodulares no parênquima hepático e esplênico com sinal intermediário a alto em T2.

Sinais de hepatoesplenomegalia com acentuada sobrecarga férrica.
Múltiplas imagens nodulares no parênquima hepático e esplênico, com conteúdo liquefeito e hemático de permeio, associado a realce periférico e distúrbio perfusional do parênquima adjacente.

Restrição à difusão das múltiplas lesões.

Evolução

  • Os achados de imagem sugerem processo inflamatório / infeccioso com múltiplos abscessos parenquimatosos.
  • Dado o contexto clínico da paciente, optado por coleta do material.

Biópsia percutânea guiada por USG

Anatomopatológico

Infecção por fungo (Candida tropicalis)

Vítor Carminatti Romano – R3 | Orientação: Dra. Giovanna Sawaya Torre

  • Paciente do sexo feminino 10 anos, portadora de LLA B em segunda remissão, veio ao nosso serviço para tratamento com transplante de medula óssea não aparentado.
  • Em exames de avaliação pré-transplante foram encontrados em USG de abdome múltiplos nódulos hepáticos, confirmados em RNM.
  • Feita punção guiada de nódulo hepático com saída de secreção purulenta e identificado Candida tropicalis em painel molecular de fungos em material de cultura.

Achados de imagem

Ultrassom:
  • Centro hipoecogênico (necrose e detritos fúngicos), rodeado por uma zona hiperecogênica (inflamação) e uma borda hipoecogênica periférica (fibrose).
  • Núcleo hiperecogênico com halo hipoecogênico – Em geral, este padrão se desenvolve em pacientes com infecção fúngica ativa e contagem relativamente normal de glóbulos brancos.
  • Nódulo uniformemente hipoecogênico (fibrose) que se desenvolveu em uma área de inflamação prévia – Que é inespecífica e pode simular metástases ou linfoma.
  • Focos hiperecogênicos com diferentes graus de sombreamento acústico posterior, representando cicatrizes ou calcificações. – Ocorre em estágios posteriores da infecção.
RM:
  • T1: heterogêneo, podendo ser ligeiramente hiperintenso. No nosso caso, a sobrecarga férrica diminui o sinal do fígado e do baço, tornando os abscessos com sinal aparentemente mais intenso.
  • T2: costumam apresentar-se com sinal mais alto.
  • T1 C+: realce da cápsula e das septações.
  • DWI e ADC: alto sinal em DWI e baixo sinal em ADC (restrição).

Referências