Em 1995, ano em que a Radiologia comemorou seu centenário e a JPR chegou à sua 25ª edição, Dr. Nestor de Barros destacou os aspectos que marcaram esse evento especial, com ênfase na qualidade das propostas apresentadas e nos resultados obtidos.
A participação de 2.500 médicos, entre inscritos e convidados, e a circulação de mais de 3.000 pessoas no evento confirmaram o sucesso da iniciativa. Pela primeira vez, foram feitas mudanças operacionais importantes, como a inscrição prévia nos cursos por áreas de especialização, uma medida que se mostrou acertada.
A edição também se destacou pela apresentação de um número expressivo de trabalhos científicos e pela presença de diversos especialistas nacionais e internacionais. Isso contribuiu significativamente para a atualização dos congressistas e o debate sobre temas relevantes da Radiologia.
Também foi realizado o Curso Prático de Controle de Qualidade com apoio da Kodak Brasileira, além da criação do Clube da Mama, uma iniciativa conjunta de radiologistas, ginecologistas e mastologistas. Outra decisão relevante foi a formação do comitê brasileiro responsável pelo programa científico do Congresso Mundial de Ultrassom, previsto para 1997 em Buenos Aires.
A JPR daquele ano também serviu de vitrine para que 56 empresas apresentassem seus lançamentos, com forte apoio da indústria e uma participação expressiva no setor comercial.
Outro marco foi o primeiro acesso da imprensa, o que ampliou o reconhecimento público do papel da radiologia na saúde.
Para Dr. Nestor, todos esses pontos reforçaram o êxito da 25ª edição da Jornada Paulista de Radiologia, que foi considerada um marco em organização, qualidade e visibilidade para a especialidade.
A grandiosidade da JPR já em 1995
Em sua coluna, o Dr. Celso Hiram destacou o crescimento expressivo da JPR, que representava um otimismo com o futuro da imagem médica no Brasil. O evento, apontado como uma excelente oportunidade para profissionais adquirirem novos conhecimentos ou consolidarem os já existentes, recebeu elogios pelos professores, pelas aulas de alto nível, pelos conteúdos relevantes e pela estrutura semelhante aos padrões internacionais, como o RSNA.
Os temas discutidos se mostraram atuais e proveitosos, incluindo uma CCRP, coordenada pelo Dr. Décio Prando, que ficou marcada por sua leveza, eficiência e clima de camaradagem. A Jornada também foi reconhecida por sua capacidade de reunir diferentes gerações de médicos e consolidar o trabalho da SPR em uma organização cada vez mais estruturada.
Além disso, foi destacada a importância de manter a JPR como um evento de referência, mesmo diante de críticas ou dificuldades, com um espírito voltado à valorização dos especialistas e à superação de desafios institucionais, como a luta por uma Tabela de Honorários justa para os radiologistas brasileiros.
Ao final do texto, o radiologista agradeceu aos professores que contribuíram para o sucesso do evento e a expectativa foi reforçada para um CBR ainda mais forte e inovador, com o Brasil sediando o Mundial de Ultrassom na Argentina.
“A união faz a força”
A Dra. Faye Laing voltou ao Brasil para a JPR e compartilhou as últimas novidades nas áreas de ultrassom e doppler.
Além de sua participação nas atividades científicas, a Dra. Faye se destacou por seu envolvimento com a Sociedade de Radiologia e Ultrassom dos Estados Unidos. Inicialmente voltada ao ensino e à pesquisa, a entidade passou, a partir de 1992, a abrir espaço para mais profissionais, ampliando sua atuação para temas políticos e profissionais, como a valorização do especialista em diagnóstico por imagem.
Na Jornada, Dra. Faye enfatizou a importância da atuação dos radiologistas no campo da ultrassonografia e defendeu a especialização como fator fundamental. Ela relatou os desafios enfrentados nos Estados Unidos, semelhantes aos do Brasil, quanto à necessidade de garantir que exames de imagem sejam analisados por profissionais capacitados, mesmo quando não envolvem o uso da radiação.
Sob sua presidência, a sociedade americana passou a se posicionar politicamente, reunindo diversas entidades médicas ligadas ao diagnóstico por imagem. O objetivo era fortalecer a classe, combater a fragmentação e assegurar o reconhecimento da importância dos especialistas na área. A Dra. Faye resumiu essa meta em uma frase simbólica: “a união faz a força”.