Durante o FILIS 2025 (Fórum Internacional de Lideranças da Saúde), a Abramed lançou a 7ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, publicação anual que reúne dados e análises sobre a medicina diagnóstica no Brasil.
O documento consolida a importância do setor, que em 2024 ultrapassou a marca de 1 bilhão de exames realizados pelas associadas da Abramed, um crescimento de 15,7% em relação a 2023, o que representa 86,8% do total da saúde suplementar brasileira.
No campo do diagnóstico por imagem, os números revelam uma evolução significativa: foram 24,4 milhões de exames realizados em 2024, um crescimento de 43,4% em relação ao ano anterior. O segmento aparece como a segunda maior categoria em volume de exames, atrás apenas das análises clínicas.
O levantamento também mostra que o diagnóstico por imagem é o serviço de maior presença no Brasil, disponível em 39,3 mil estabelecimentos de saúde. Em termos de infraestrutura, o país contava em 2024 com:
- 2.173 aparelhos de ultrassom;
- 543 equipamentos de ressonância magnética;
- 240 tomógrafos computadorizados;
- 373 mamógrafos.
Crescimento do diagnóstico por imagem e desafios regionais
E essa expansão se reflete no mercado de trabalho em saúde. Embora o atendimento hospitalar siga na liderança, com pouco mais da metade dos postos (53,1%), a medicina diagnóstica já responde por 11,1% das vagas do setor, somando mais de 307 mil colaboradores da área em 2024. O segmento registrou um saldo positivo de 9,1 mil novos empregos – um número quatro vezes maior que o observado em 2023.
Entre os segmentos, segundo a CAGED, o tipo de serviço da medicina diagnóstica que se destaca com mais profissionais está: laboratórios clínicos (144,7 mil), os serviços de diagnóstico por imagem com uso de radiação ionizante, exceto tomografia (50,2 mil) e os serviços de diálise e nefrologia (27,1 mil). Esse ranking mostra como diferentes áreas do setor contribuem de maneira relevante para o mercado de trabalho em saúde.
De acordo com o relatório: “De maneira geral, esse mercado de trabalho indica tendência de crescimento, impulsionada principalmente por fatores epidemiológicos (envelhecimento e aumento de doenças crônicas), avanços tecnológicos e maior acesso a serviços de saúde”.
Apesar de todo o crescimento, o Painel Abramed ressalta desafios estruturais que ainda merecem atenção, como a desigualdade na distribuição regional dos serviços, com concentração nas regiões Sudeste e Sul, além da pressão crescente sobre o sistema público diante do encarecimento dos planos de saúde.
Com dados detalhados e análises de tendências, a 7ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico se afirma como uma fonte estratégica para compreender o presente e projetar o futuro da medicina diagnóstica no Brasil, oferecendo subsídios para decisões de políticas públicas, gestão e inovação no setor.