PSEUDOANEURISMAS MICÓTICOS SISTÊMICOS
Apresentação: Priscila Gouvea Elias – Fellow MI
Colaborador: Guilherme L. Gaiotto – Fellow Radiologia Geral
Orientador: Dr. Augusto Kreling Medeiros
ABORDAGEM CIRÚRGICA:
23/5: PO troca de tubo em aorta ascendente e reconstrução do arco aórtico em uso de tubo dacron 20mm + retirada de trombo e de vegetação
Exame micológico direto – fragmentos mediastino: RESULTADO POSITIVO
Cultura para fungos – fragmento de mediastino: Aspergillus Fumigatus
Aneurisma Micótico
- Definição: decorrentes de infecção da parede arterial, geralmente bacteriana.
- São uma complicação da disseminação hematogênica de infecção, classicamente do coração.
- Epidemiologia: 0,65-2,6%
- Fatores de risco: endocardite infecciosa (comum), uso de drogas intravenosas, imunossupressão, trauma arterial iatrogênico, placa aterosclerótica preexistente ou aneurisma nativo, dispositivos arteriais protéticos (por exemplo, stents e enxertos) e envolvimento arterial direto de infecção adjacente.
- Os mecanismos de infecção incluem: septicemia; êmbolos sépticos; propagação contígua de infecção adjacente.
- Fisiopatologia: a parede do vaso é infectada, gerando fragilidade e forma-se um falso aneurisma, geralmente instável e altamente propenso à rotura.
- Agentes etiológicos: Bacteriano > Staphylococcus aureus e Salmonella spp. Fúngico > Candida e Aspergillus
- Localizações mais comuns são: aorta torácica e abdominal, artérias viscerais abdominais, artérias dos MMII e artérias intracranianas.
- Prognóstico: alta mortalidade.
Exame de imagem padrão ouro
A Angio-TC é o exame padrão-ouro para diagnosticar aneurisma micótico!
Desfecho do caso: paciente evoluiu a óbito, devido múltiplos trombos e/ou vegetações na aorta abdominal, AMS, artéria renal esquerda, ilíacas e em MMII.
Mensagem final
- Na presença de aneurismas novos e de rápida evolução, do tipo sacular > considerar a possibilidade e aneurismas micóticos
- O reconhecimento precoce da entidade pode melhorar o prognóstico do paciente.