Científico

Musculoesquelético

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Caso clínico

03/10/2023

Pesquisa para cisticerco no líquor:

CD: derivação ventrículo-peritoneal por hidrocefalia (melhora dos sintomas). Iniciada corticoterapia com prednisona e tratamento com praziquantel e albendazol. Seguimento ambulatorial com neurocirurgia e infectologia.

14/11/2023

  • Introdução de cateter de derivação ventricular introduzido através de orifício de trepanação junto da sutura coronária na alta convexidade à direita, adentrando o teto do ventrículo lateral deste lado. Discreto halo hiperintenso em FLAIR na substância branca ao redor do trajeto parenquimatoso do cateter (edema / gliose). Válvula metálica nas partes moles extracranianas parietais à direita, determinando artefatos de susceptibilidade magnética que degradam as imagens.
  • Redução das dimensões dos ventrículos laterais e III ventrículo, assim como discreto aumento da amplitude dos sulcos corticais nas convexidades frontoparietais e das fissuras sylvianas. Não mais se caracterizam sinais de transudação liquórica ependimária.
  • Redução da ectasia da bainha liquórica dos nervos ópticos. Não mais se caracterizam os sinais de inversão das papilas ópticas.
  • Medula espinhal de calibre e intensidade de sinal habituais

  • Espessamentos e agrupamentos de raízes de toda a cauda equina compatível com aracnoidite cística.

 

Aracnoidite Cística

Ariadne Moura Obrigon | Orientador: Dr. Adahm do Amaral e Castro

 
  • Agente – estágio larval da Taenia solium (cisticerco);
  • Via infecção – oral-fecal;
  • Sítios de acometimento – sistema nervoso central, medula espinhal, músculos, globo ocular, tecido gorduroso e pele; Cisticercose cerebral – causada por cistos e/ou nódulos inflamatórios granulomatosos; Cisticercose no espaço intraduralextramedular – tipicamente cística.
  • Sintomas – cisticercose intra-raquiana intraduralextramedular: assintomática ou apresentar poucos sintomas por períodos prolongados. Porém, nos casos mais sintomáticos, pode haver perda gradual da sensibilidade nos membros inferiores, hiperestesia, alterações esfincterianas ou radiculopatia localizada.
  • RM da coluna dorsal. A: Plano sagital, sequência ponderada em T1 – cistos aglomerados (asterisco), correspondendo à área com hipossinal. B: Plano sagital, sequência ponderada em T2 – cistos aglomerados (asterisco), com hipersinal, comprimindo a medula espinhal dorsal. C: Plano axial, sequência ponderada em T1 – cistos aglomerados (asterisco), com hipossinal, comprimindo a medula espinhal dorsal (seta). D: Plano axial, sequência ponderada em T2 – cistos aglomerados (asterisco), com hipersinal, comprimindo a medula espinhal dorsal (seta).
  • RM da coluna lombar. A: Plano sagital, seqüência ponderada em T1 – loculações liquóricas, no plano de L3 – L5, de aspecto cístico (seta), correspondendo à área de hipossinal. B: Plano sagital, seqüência ponderada em T2 – loculações liquóricas, no plano de L3 – L5, de aspecto cístico (seta), com hipersinal, imprimindo a medula espinhal adjacente.

Diagnóstico

  • Imagem – RM.
  • Características císticas: – sequência ponderada em T1 – hipossinal. – sequência ponderada em T2 – hiperssinal.
  • Quando processo inflamatório ativo, há hiperssinal tanto em T1 quanto de T2.
  • Laboratorial: LCR, teste sorológico ELISA positivo
  • Tratamento: conservador na maior parte dos casos, como o praziquantel e albendazol por via oral. Quando sinais de compressão medular e/ou radicular, há indicação de cirurgia descompressiva.
  • A: Aspecto cirúrgico após a incisão na dura-máter da região dorsal expondo os cistos cisticercóticos que se encontram aglomerados. B: Aspecto macroscópico de dois cistos removidos.