Fotos: Marcio Norris
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O desperdício de recursos na saúde não é novidade, pelo contrário; é um problema antigo e ainda sem solução. Para contribuir com este debate, urgente e necessário, a JPR promoveu uma discussão sobre o assunto no módulo “Profissionalismo e Gestão em Saúde – Sessão Especial Abramed e ICOS“.
A sessão, moderada pelo Presidente do Conselho Consultivo da SPR, Dr. Cesar Higa Nomura, contou com a participação da Dra. Milva G. dos Santos Pagano, Diretora Executiva da Abramed. “A sustentabilidade do setor passa pela ética, compliance, boas práticas, inovação e segurança do paciente. As práticas são fomentadas por meio do manual de boa conduta”, destacou ela.
O cenário da saúde no país é problemático. No Brasil, investe-se 10% do PIB em saúde, valor superior até a países da Europa, mas o investimento é mal direcionado. A saúde preventiva e preditiva ainda não é amplamente massificada e a equidade é uma realidade distante.
Incluir o maior número de pessoas no sistema de saúde e apostar numa saúde preventiva: é o que defende Eliézer Silva, Diretor do Sistema de Saúde, do Hospital Israelita Albert Einstein: “Precisamos discutir porque as pessoas ficam doentes e como podemos evitar este tipo de agravo”.
Já Fábia Tetteroo-Bueno, CEO da Phillips Latin America, destaca que o trabalho da empresa como indústria é ajudar a promover a inovação, a melhor eficiência e produtividade, seja da parte clínica ou operacional. Ela também destaca a importância da inteligência de dados. “Eles já existem em grande quantidade, mas é preciso saber o que fazer com eles”, aifrmou.
“O sistema está precisando de ajustes; sem as intervenções necessárias, vai se enfraquecer ainda mais. Nós temos que dialogar”, destacou Wilson Shcolnik, Presidente do Conselho de Administração da Abramed.
Leonardo Vedolin, Diretor Geral Médico e de Cuidados Integrados (CMO), da DASA, mencionou ainda que é momento de todos os players se uniram para promover a saúde, tendência que foi percebida nos últimos anos – sendo que, em muitos momentos, a competição no setor foi deixada de lado para abraçar a causa como um todo.
Todos foram unânimes na necessidade de um prontuário eletrônico integrado, que trará ganhos em efetividade, como evitar a repetição de exames, além de um diagnóstico mais assertivo, já que os médicos terão acesso ao histórico geral do paciente.
A forma como o sistema de saúde está atualmente estabelecido é considerada insustentável, com custos e resultados desiguais. Fábia Tetteroo-Bueno defende que, em longo prazo, se nada for feito, o sistema pode colapsar. Portanto, é necessária a união e a adoção de estratégias por todos os envolvidos no setor para enfrentar esse desafio.
“Assisti à aula pela importância do tema que a SPR dá para o protagonismo do radiologista na prestação de serviços, sempre nos estimulando a assumir o papel central no cuidado do paciente e para buscar maiores posições dentro do empreendedorismo na prestação de serviços”, contou a médica radiologista, Marina Smilderle Gela.
