JPR 2025

Argentinos discutem casos brasileiros em Sessão Plenária

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Por Vanessa Sulina

Fotos ASA 400 Studio

A JPR 2025 trouxe uma das sessões mais tradicionais e disputadas do congresso nesta sexta-feira, 2/5: a Sessão Plenária de Interpretação de Casos (CCRP). A sala ficou completamente lotada para assistir à propedêutica de quatro casos médicos brasileiros, que foram estudados e comentados por profissionais argentinos renomados. Todos acertaram os respectivos diagnósticos.

Os casos foram bastante desafiadores. Após a apresentação das características do paciente, sem identificação, foram analisadas as imagens de exames diversos. A cada descoberta, possibilidades de diagnósticos são exibidos, discutidos, considerados ou descartados. Os profissionais podiam embasar suas hipóteses com outras imagens e artigos científicos.

O primeiro caso foi de abdome, apresentado pelo professor da Pós-graduação da Universidade Nacional de Córdoba, Dr. Hugo Raul Guerra. Tratava-se de uma paciente que antecipou o parto com 34 semanas, e foi realizada uma biópsia por excisão. O diagnóstico foi de mama ectópica com câmbios secundários a estimulação hormonal. Dr.Guerra foi preciso em sua avaliação.

Já o segundo caso versou sobre a área musculoesquelética e foi comentado pelo médico e vice-presidente da Sociedade Argentina de Radiologia (SAR), Dr. Alejandro Rasumoff. O diagnóstico foi de sarcoma de pequenas células de alto grau.

O radiologista pediátrico do Instituto Oulton, cidade de Córdoba, Dr. Mário Pelizzar, ficou responsável pelo caso da área do encontro. O diagnóstico foi de adenoma de glândulas mucosas  — tumor traqueobrônquico benigno, extremamente raro.

Já o último caso foi de neurorradiologia, sobre Reação Sarcoid-like por Pembrolizumab e ficou a cargo do coordenador médico de TC/RM do Serviço de Diagnóstico por Imagens do Hospital Británico de Buenos Aires, o Dr. Fernando Martin Ferraro.

De acordo com o moderador da sessão, o médico neurorradiologista do DASA, Dr. Renato Hoffmann Nunes, o interessante desta atividade é a oportunidade de ver como foi se desenvolveu o raciocínio de cada palestrante até a chegada do diagnóstico: “Mais do que acertar, é expor a didática usada aos colegas. Além disso, a maioria das salas são separadas por partes do corpo e essa sessão apresenta casos diversos e permite atrair pessoas de diferentes salas”, comentou.