A 55ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2025) será realizada de 1º a 4 de maio, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Este ano, a SPR conta com a SAR (Sociedade Argentina de Radiologia) e a FAARDIT (Federação Argentina de Radiologia) em sua organização, e o evento terá como tema “Brasil e Argentina – Celebrando a amizade e a tradição na Radiologia”.
Confira a programação do maior congresso de Diagnóstico por Imagem da América Latina e garanta sua vaga! Membros ativos da SPR não pagam a inscrição e contam com outros benefícios.
Dentre os mais de 70 professores estrangeiros confirmados, está a Dra. Laura Dragonetti*, da Argentina, que vem participar do 18º Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca (ENRC):
- 02/05 às 09h20 – Ressonância Cardíaca, Como Fazer um Protocolo Rápido de Estudo
Confira sua entrevista!
Qual a importância das colaborações internacionais entre sociedades de radiologia como a SPR e a SAR, que atualmente estão organizando sua participação na JPR?
Colaborações internacionais são essenciais para o crescimento conjunto de nossas especialidades. Compartilhamos desafios comuns na América Latina e hoje a medicina não tem fronteiras. O que aprendemos em Buenos Aires pode ajudar um paciente em São Paulo, e vice-versa. A colaboração entre nossas sociedades é fundamental porque enriquece a todos nós e posiciona a região na agenda científica global.
Quais são suas expectativas para a JPR 2025? E especificamente para o Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca, dentro da JPR?
As expectativas são muito boas, porque estamos vendo uma transformação real. A radiologia cardíaca não é mais uma subespecialidade do futuro. É uma necessidade do presente. E esses espaços nos permitem focar em temas muito específicos, como protocolos, qualidade, acessibilidade… Mas sempre com uma abordagem clínica e centrada no paciente.
O Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca tem força e estrutura para impulsionar essas discussões.
O que os participantes podem esperar da sua aula?
Algo muito prático. Às vezes, acredita-se que a ressonância magnética cardíaca seja longa, cara e difícil de realizar. Mas isso está mudando.
Meu objetivo é mostrar como realizar um estudo de ressonância magnética cardíaca eficaz, visando a questão clínica com protocolos adaptados, para fazer um estudo breve, acessível e com informações extremamente valiosas. Quero compartilhar exatamente isso: como otimizar o que temos, sem perder qualidade.
Que conselho você daria aos jovens profissionais interessados
Meu primeiro conselho é não desanimar. A curva de aprendizado pode parecer desafiadora, mas vale a pena. A radiologia cardíaca é uma disciplina fascinante, onde anatomia, função e caracterização tecidual convergem, com impacto clínico imediato.
Minha sugestão é buscar uma formação sólida, cursos reconhecidos, participar de congressos como este e, principalmente, se relacionar com radiologistas e cardiologistas. A colaboração interdisciplinar é fundamental. E se eles também estiverem interessados
Gostaria de acrescentar mais alguma informação?
Acredito que estamos vivendo um momento único para a radiologia cardíaca. A combinação de inovação tecnológica, IA e protocolos mais eficientes pode transformar o diagnóstico cardiovascular, especialmente em regiões onde ainda existem barreiras de acesso.
É por isso que é tão importante continuar criando espaços de encontro entre nossas sociedades. Somente trabalhando juntos — como estamos fazendo hoje entre Brasil e Argentina — poderemos avançar em direção a uma medicina mais equitativa, precisa e centrada no paciente.
*Médica especialista em Clínica Médica (UBA) e em Diagnóstico por Imagem. Imagens Cardiovasculares – RM/TC.