15 de fevereiro é o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, data voltada à conscientização sobre o tema.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam células sanguíneas), e os linfomas (sistema linfático), segundo a Dra. Fernanda del Campo Braojos Braga, coordenadora do Grupo de Estudos em Pediatria (GEPED).
Dados do Ministério da Saúde apontam que a cada ano cerca de 400 mil crianças são diagnosticadas com a doença no mundo. Em 2020, na região das Américas foram 32.065 novos casos; deles, 20.855 casos foram na América Latina.
“O diagnóstico precoce é muito importante e, ao mesmo tempo desafiador, uma vez que nem sempre aparece uma massa palpável no local”, afirma. Por essa razão, destaca a médica radiologista, é preciso estar atento a sintomas clínicos, como inapetência, febre sem origem, criança prostrada, que são comuns a outras doenças da infância. “Se esses sintomas forem se arrastando, sem que se consiga encontrar a causa, é preciso investigar para confirmar ou descartar a possibilidade de uma doença oncológica”, diz.
De acordo com a especialista, os exames de imagem tem papel crucial em um quadro de câncer infantil. “A depender da localização do câncer, o médico indicará uma tomografia, ultrassonografia ou ressonância magnética”, diz. As informações fornecidas pelos exames de imagem permitem saber o estadiamento da doença, ou seja, avaliar o tipo de tumor, a taxa de crescimento, a extensão do câncer, entre outros aspectos importantes para definir o plano de tratamento do paciente. Além disso, com o avanços da tecnologia na área, há recursos como o PET- Scan e, mais recentemente, métodos de fusão de imagem que possibilitam um diagnóstico ainda mais apurado.
