Os cigarros eletrônicos são uma ameaça à saúde pública. A afirmação é do Dr. Rodrigo Caruso Chate, médico especialista em radiologia torácica e um dos coordenadores de tórax da SPR.
De fato, os cigarros eletrônicos estão se tornando cada vez mais populares no Brasil, especialmente entre os jovens. Além de conterem nicotina e outras substâncias químicas nocivas associadas ao câncer de pulmão, de bexiga, entre outros, os cigarros eletrônicos causam a EVALI (E-cigarette, or Vaping, product use-Associated Lung Injury).
A EVALI é uma condição potencialmente grave que foi identificada pela primeira vez em 2019, nos Estados Unidos. A doença é causada pela inalação de solventes e aditivos presentes nos cigarros eletrônicos, o que pode provocar inflamação pulmonar e até mesmo insuficiência respiratória. Entre os principais sintomas estão: tosse, dor torácica, falta de ar, febre e calafrios, náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia.
Em caso de suspeita de EVALI em usuários de cigarros eletrônicos, radiografias e tomografias de tórax podem revelar opacidades em vidro fosco e consolidações alveolares bilaterais, multifocais e/ou difusas, que, apesar de não serem específicas dessa condição, contribuem para o diagnóstico.
