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Ortopedistas participam do evento e trazem a sua visão

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Os ortopedistas lidam diariamente com exames de imagem, que trazem informações mais completas sobre o que está acontecendo com o atleta. Por conta disso, o GERME recebeu alguns profissionais dessa área para que pudessem explicar como lidar na prática com determinadas lesões.

Dr. Guilherme Gracitelli abordou a biomecânica dos membros inferiores e disfunção patelofemoral, focado no tratamento. Antes de iniciar o protocolo, é importante que seja realizada uma avaliação funcional do paciente, pois, em alguns casos, é possível tratar com orientação de exercícios e dispensar a cirurgia.

O diagnóstico por imagem é feito através da ressonância magnética e da radiografia panorâmica. O primeiro entrega se o atleta possui lesão condral ou osteocondral, derrame articular, sinovite peripatelar associada e corpo livre articular/bloqueio mecânico (considerada bandeira vermelha para os ortopedistas).

O segundo precisa ser realizado de maneira minuciosa, em todos os ângulos, desde o quadril: “As informações laudadas pelo radiologista são essenciais para que nós possamos determinar o tratamento do paciente”, pontuou.

Já o Dr. Mauro Gracitelli trouxe a questão do tratamento das lesões no ombro, com foco no lábio e no bíceps. Para o primeiro, há três tipos de procedimentos: conservador, cirurgia anatômica ou não anatômica. A decisão de optar pela cirurgia pode ser tomada somente com imagens, pelos algoritmos que dividem lesão óssea da glenoide em lesão on track ou off track, ou com associações clínicas, utilizando o score GTIMS.

Por mais que a cirurgia tente ser evitada, a taxa de insucesso é muito baixa – cerca de 37%. Quando há falha, há problemas com diagnóstico incompleto. O tratamento ortopédico conservador também tem alta taxa de sucesso e é comum estar presente na prática clínica, apenas dos poucos estudos.

Para as lesões do joelho, Dr. Pedro Baches Jorge reforçou que os procedimentos de sutura do menisco aumentaram e que há uma discussão com o radiologista quando há lesões de rotina.

Para finalizar, Dr. Daniel Daniachi apresentou informações sobre lesões do quadril, que representam cerca de 6% de todas as que o atleta sofre. O diagnóstico é complicado e as dores precisam ser analisadas com cuidado, pois podem ser extra-articular ou intra-articular. Um ponto importante citado pelo médico foi a quantidade de casos de osteonecrose após a onda de Covid-19.

Confira o Dr. Pedro, ao lado de seu irmão, Dr. Rafael, coordenador do curso, falando sobre a importância da intersecção entre as especialidades.