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Maio de 1995: a importância do DI para a medicina

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Na edição de junho de 1995 do Jornal da Imagem, o então presidente do CBR, Dr. Luiz Karpovas, refletiu sobre os caminhos que a imagem diagnóstica abriu na medicina, por ocasião da 25ª JPR e do centenário da descoberta dos raios X.

Ele destacou os inúmeros avanços conquistados desde os primeiros anos da especialidade, lembrando o sacrifício dos pioneiros e os acidentes radioativos que marcaram o início da trajetória da radiologia. Para o Dr. Karpovas, foi a partir desses desafios que a humanidade passou a enxergar melhor o interior do corpo humano e buscar soluções mais concretas para a cura de doenças.

Ele ressaltou como a imagem se tornou fundamental para qualquer diagnóstico e como os riscos da radiação impulsionaram o desenvolvimento de métodos menos invasivos, porém, eficazes, como a ultrassonografia e a ressonância magnética. Ele também falou sobre a integração crescente entre os métodos de imagem e outras áreas da medicina, apontando que a separação entre setores já não fazia sentido, uma vez que a imagem era o elo essencial para o diagnóstico.

O médico ainda observou como o avanço tecnológico e a preocupação com a segurança do paciente guiou a especialidade a novos patamares, de modo que a imagem se tornou cada vez mais precisa, segura e indispensável. Com isso, a radiologia evoluiu e incorporou novas tecnologias, abrindo novas possibilidades de atuação tanto para clínicos, quanto para cirurgiões.

Dr. Nestor de Barros discursa na abertura da JPR 95

O Dr. Nestor de Barros foi o responsável por abrir os trabalhos da JPR daquele ano e marcou oficialmente o início das comemorações pelo centenário da descoberta dos raios X por Roentgen. Em seu discurso, ele destacou a importância desse momento não apenas para a radiologia, mas para toda a medicina e a humanidade, lembrando que a descoberta revolucionou o diagnóstico médico e abriu caminhos para o entendimento de doenças.

Dr. Nestor lembrou que a imagem havia se tornado uma ferramenta essencial e insubstituível, sendo considerada a “lâmpada de Aladim” da medicina moderna. A partir dela, surgiram novos métodos e condutas médicas que moldaram o que havia de mais avançado na prática clínica.

O evento também comemorava os 25 anos da Jornada e destacava a importância da união da classe médica e do engajamento de profissionais de todo o país que colaboraram para transformar a JPR em uma das maiores da América Latina.

A edição foi marcada também por homenagens a nomes como o Dr. Manoel de Abreu, inventor da abreugrafia, e o Dr. Elias Pereira, que teve papel importante na história da radiologia paulista.

Dr. Nestor destacou o crescimento da especialidade, o desenvolvimento científico, a presença de jovens radiologistas e o esforço contínuo pela valorização do conhecimento técnico e humano. Para ele, esse era um momento de celebração e de reflexão sobre os desafios da prática médica e do papel da imagem na medicina moderna.