Em 1994, o programa de Qualificação em Mamografia, promovido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), estava em pleno andamento, com avanços significativos ao longo de dois anos. Coordenado pela Dra. Norma Maranhão, o programa tinha como objetivo melhorar a qualidade dos serviços de mamografia no Brasil, avaliando equipamentos, processamento de filmes radiográficos e técnicas utilizadas.
A comissão responsável pelo programa se reuniu em outubro daquele ano, durante o 5º Curso de Diagnóstico Radiológico da Mama, em Recife, organizado pela Sociedade de Radiologia de Pernambuco. Entre os participantes estavam renomados médicos como Dr. Luiz Karpovas, então presidente do CBR, e outros especialistas de áreas correlatas, incluindo radiologistas e patologistas.
O programa também estabeleceu critérios rigorosos para avaliar e aprovar serviços de mamografia, resultando na concessão do “Selo de Qualificação” às instituições que cumprissem os padrões estabelecidos. Esse selo visava oferecer uma referência de qualidade para a população e promover melhorias contínuas no diagnóstico por imagem.
A iniciativa foi descrita como uma parceria bem-sucedida entre o CBR, o Instituto Nacional do Câncer e o Ministério da Saúde, evidenciando o compromisso da classe médica com a excelência nos cuidados à saúde da mulher.
Curso Feres Secaf já era destaque no meio
O Jornal da Imagem destacava o aumento da relevância do Curso de Diagnóstico por Imagem “Prof. Dr. Feres Secaf”. O evento seria realizado em dezembro, em São Paulo, no Hotel Maksoud Plaza, e promovido pelo Centro de Estudos da Unidade Radiológica Paulista em parceria com a Sociedade Paulista de Radiologia e a Sociedade Norte-Americana de Radiologia.
O curso contaria com a participação de seis professores norte-americanos, com uma grade científica voltada para a atualização de tópicos avançados, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia. Entre os convidados estavam professores renomados, como Harold V. Popp, Rogelio Moncada e outros especialistas de universidades e instituições dos Estados Unidos.
Além disso, o curso destacava a importância da troca de conhecimento entre radiologistas brasileiros e internacionais, reforçando a posição de São Paulo como um polo de aprendizado e inovação na área de radiologia.
Dr. Celso Hiram: o que ele queria para o Brasil?
O artigo “O que quero à Nação minha”, do Dr. Celso Hiram, começa com versos de Camões, sugerindo que a Nação enfrentava uma espécie de naufrágio moral e ético, em que o médico cita o aumento das desigualdades sociais e a sensação de abandono das camadas mais vulneráveis da população.
Ele argumenta que o governo deveria priorizar áreas essenciais, como saúde, educação e emprego, mas opta por medidas que não atendem às necessidades imediatas da população. Ele menciona a importância de criar uma estrutura de governança mais transparente e justa, incluindo a moralização da administração pública e o combate à corrupção.
Dr. Hiram também sugere que a falta de políticas eficientes e honestas é uma das razões pelas quais o Brasil não avança. Como sugestões práticas, ele enfatiza a necessidade de um governo mais comprometido com o bem-estar coletivo, sugerindo, por exemplo, o fortalecimento da previdência social (com destaque para o papel do INSS) e a criação de iniciativas que beneficiem os mais pobres.
Ele reforça que o progresso não virá apenas com medidas econômicas ou técnicas, mas com uma mudança na mentalidade política e no senso de responsabilidade pública.