JPR 2023
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ABCDI inaugura módulo com recomendações para melhorar seu negócio

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Fotos: Carol Cassiano

Veja as fotos da JPR 2023:

Na quinta-feira, 27 de abril, a primeira parte do módulo de Profissionalismo e Gestão em Saúde foi realizada em parceria com a ABCDI (Associação Brasileira de Clínicas de Diagnóstico por Imagem). Coordenada pelos Drs. Cesar Nomura, Luis Ronan Marquez Ferreira de Souza, presidente da associação, Conrado Furtado de Albuquerque Cavalcanti, Renato Adam Mendonça e Renato Hoffman, as aulas trouxeram as “5 na 5ª” – cinco dicas de cada área para melhorar o seu negócio.

Dr. Luis Ronan abriu a sessão explicando a importância da ABCDI para a gestão das clínicas. Sendo um departamento do Colégio Brasileiro de Radiologia, ela foi organizada no início dos anos 2000 com o objetivo de incentivar a qualidade dos serviços e defender os interesses dos associados, ao promover reuniões e negociações com órgãos reguladores, legisladores e fiscalizadores.

Além disso, a associação oferece cursos que potencializam a qualidade comercial, tanto com as operadoras, quanto com os pacientes. Um deles é o Curso de Gestão de Clínicas, que foca em criar clínicas mais fortes e gestores mais preparados para os desafios do mercado de saúde. Outro é o Curso de Engenharia Clínica, que apresenta várias ações que podem ser tomadas para aumentar o tempo de vida útil dos diversos equipamentos.

O administrador Carlos Eduardo Ferreira de Moura trouxe duas apresentações, “5 Estratégias de Tecnologia da Informação que Ajudam uma Clínica a Economizar” e “5 Dicas para Entender o Mundo das Startups”. Na primeira, ele reforçou os objetivos da ABCDI e apresentou a pauta da reunião realizada nesta semana com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que envolveu a revisão da RN 567/2022 sobre descredenciamento e reposição dos serviços, fiscalização da adoção do padrão TISS, entre outros.

Ele pontuou a importância das regulações, já que as operadoras de saúde atuam sempre em prol dos seus próprios benefícios – nos últimos anos, o CBR obteve algumas conquistas, como o mesmo enquadramento de hospitais no imposto de renda e mais de 10 exames inclusos no ROL. O administrador ainda reforçou que nada é realizado sozinho, e que não se pode cair na zona de conforto: “Os pareceres são sempre feitos a várias mãos: médico, advogado e economia. Se a clínica vai bem, consigo remunerar melhor meu profissional, e proporcionar um ambiente de trabalho melhor”.

Em sua segunda aula, ele trouxe “5 Contas que Você Não Fez na Sua Clínica e Está Perdendo Muito Dinheiro por Causa Delas”, que aborda o business intelligence como o principal fator para compreensão do que fazer. Com ele, você consegue trabalhar com uma informação que te dará sustento para tomar uma decisão de negócio.

Com a inteligência artificial, por exemplo, é possível reduzir o tempo de captura de imagens de ressonância magnética. Já o filtro de call center é essencial para priorizar as melhores fontes pagadoras e os melhores clientes – horários das agendas e exceção por médicos e por exames.

A reestruturação do contact center com uso de tecnologia de IP sob voz e WhatsApp integrado ao RIS, por mais que pareça um facilitador, não diminui consideravelmente a quantidade de ligações, por exemplo.

Já a célula de retenção, que analisa como estudar os pacientes perdidos por desistência ou consultas desmarcadas, a cobrança automatizada Mat Med e a automação por TISS são fundamentais para melhorar os ganhos das clínicas, tanto em relação a materiais e medicamentos, quanto à eficiência.

A revolução do setor com startups e educação médica corporativa

As startups estão crescendo em todos os seguimentos da sociedade e a área da saúde não poderia ficar de fora. O Dr. Ademar José de Oliveira Paes Junior trouxe o conceito desse tipo de empresa na aula “5 Dicas para Criar, Investir ou Consumir em uma Startup”, e o apresentou como um negócio disruptivo, que tem um crescimento mais rápido do que um negócio tradicional por se dar através da digitalização do processo.

Na saúde, elas são chamadas de digital health, biotech e healthcare inovation. Para que você possa criar, investir ou consumir uma startup com segurança, é importante questionar:

  • A empresa é apaixonada por sua ideia?
  • Os fundadores têm experiência e conhecimento técnico de mercado?
  • Os fundadores tão dispostos a investir tempo?
  • Por que não foi oferecido antes, mas somente agora?

Dr. Ademar pontua que as startups são ambientes ricos para criar bons relacionamentos, principalmente pela presença dos mais jovens. Sendo assim, o envolvimento é interessante, mesmo que não seja através de investimentos, mas sim de outras maneiras indiretas: “As amizades se fortalecem e você cria um novo grupo para além do que você está acostumado, ampliando a sua capacidade de visão”.

Com a apresentação “5 Razões para Investir em Educação Médica Corporativa”, a Dra. Aline Dias Silva Guerrero trouxe a inovação para o lado da educação continuada, através de uma jornada com hard e soft skills. Para que não haja uma disparidade entre os objetivos da organização e do profissional, o desenvolvimento de novas habilidades com cursos e curadoria de aprendizado é importante para que ambos estejam caminhando juntos.

Além disso, estar a par das expectativas das gerações Y e Z, e ter a capacidade de identificar, desenvolver, reter e atrair talentos, fazem com que a empresa mantenha uma boa reputação no mercado de trabalho, atraia profissionais focados no desenvolvimento de carreira e seja uma plataforma focada também no desenvolvimento pessoal.

Todos os pontos acima geram um fortalecimento de marca, em que a reputação, a proposta de valor e a experiência façam parte da apresentação da empresa. Dessa forma, espera-se um melhor resultado financeiro, ao olhar para o objetivo estratégico e mapear o que tem de prioridade e o que tem de fragilidade.

O meio jurídico

A ABCDI, pensando em todos os campos que permeiam a gestão de uma clínica de Diagnóstico por Imagem, trouxe Valério Augusto Ribeiro, advogado que representa a assessoria jurídica do CBR, para apresentar “Responsabilidade Civil na Radiologia”. Ele começou pontuando a causa e efeito da judicialização, que envolve atendimento público e presencial, celeridade, insatisfação do paciente (inclusive, reforça que todo atendimento pode ser gravado por ele), e erro médico, que deveria ser substituído pela expressão “efeitos adversos da saúde”.

Atualmente, de médicos com cerca de 20 anos de atuação, 36,4% têm um processo; a média é de 1,7%, em que 12,8% pagam indenização de, em média, 85 mil reais. Na radiologia, as principais causam para essa situação são: falha de percepção (falso positivo), erro no diagnóstico (falso negativo) e falha na comunicação (demora do laudo e falta de explicações).

Para que isso seja evitado, é importante que o profissional aja somente dentro da sua própria técnica, verifique o campo de atuação, informe corretamente o paciente e redija um bom prontuário, de modo que fique claro qual foi a técnica e o material utilizados.