Refletir e planejar a carreira pode ser um divisor entre as pessoas que alcançam o sucesso e aquelas que permanecem estagnadas. Este processo começa por conhecer e utilizar ferramentas essenciais para atingir o seu objetivo. Para auxiliar os profissionais nesta jornada, a JPR promoveu o módulo “Profissionalismo e Gestão: Saúde Mental e Ambiente de Trabalho”.
Felicidade no trabalho: uma realidade possível?
É importante pensar na alegria no trabalho e como podemos alcançá-la por meio de estratégias individuais e organizacionais. É o que defende a Profª Achala Vagal, Vice-Presidente Executiva de Radiologia e de Pesquisa da University of Cincinnati.
Alguns passos para atingir esse ideal são refletir sobre o que importa para você, depois identificar os impedimentos para a alegria e trabalho no seu contexto local, além de criar um plano para superar os obstáculos e executá-lo com determinação.
“Todos somos líderes: líderes de nós mesmos. Não pense que não é líder. Pergunte a si o que é importante para você e identifique o que não gera alegria para você”, afirmou.
Aos instituídos líderes organizacionais, há uma responsabilidade extra: identificar os impedimentos à alegria no trabalho e agir para removê-los.
Além disso, devemos constantemente refletir qual o valor que podemos acrescentar para as pessoas. Criar conexões autênticas, de pessoas que admiramos e que podem nos auxiliar na jornada, é essencial. “Para alcançar maior felicidade no trabalho, você tem que investir mais em suas relações”, defendeu.
Transição de carreira: busque pelo seu propósito
É necessário buscar posições em organizações alinhadas com seu propósito e não ter medo de mudanças – essa é a visão da Dra. Andrea S. Doria, Vice-Presidente de Radiologia, Melhoria da Prática Clínica, da Universidade de Toronto.
Essa busca parte de uma investigação profunda, de perguntas como “Qual o seu propósito de vida e o que é sucesso para você?”, explicou a profissional.
Ela defendeu a importância do aprendizado constante e a busca por novas habilidades. Manter um plano de carreira e de perseguir sonhos também não deve sair do foco.
Para ilustrar a transição de carreira, ela utilizou o exemplo de Michael Jordan, grande nome do basquete. Mesmo com tanto destaque, ele tentou perseguir o sonho de infância de jogar beisebol profissional.
Na aula, a profissional também tratou da importância de inspirar e motivar outras pessoas que queiram trilhar um caminho semelhante ao seu, e dar oportunidades para elas se desenvolverem.
Os líderes devem estar atentos que há diversas gerações no mercado de trabalho, e as pessoas podem ter objetivos diferentes. “A flexibilidade é uma das características mais importantes de um verdadeiro líder”, argumentou.
Lições sobre gestão de pessoas
O professor George S. Bisset, III, da Escola de Medicina da Louisiana State University, também compartilhou sua experiência como líder, acumulada ao longo de décadas.
Para ele, a liderança se constrói com justiça; sendo líder pelo exemplo, por meio de dedicação e comprometimento. Também é necessário repetir e articular sua visão para a equipe.
A comunicação, respeitando as personalidades dos subordinados, também deve ser levada em consideração. “Com algumas pessoas, você pode estar muito à frente. Você pode dizer, ‘você precisa mudar o seu comportamento, você precisa fazer algo desse jeito’. E há outras pessoas que você tinha que ser mais gentil com sua abordagem”, elucidou.
Buscar a perfeição também pode ser uma grande armadilha. “Este é um problema comum. Nós dizemos que eles não podem fazer tão bem quanto eu posso”, disse. E alertou: “Você nunca vai alcançar a perfeição”.
Mesmo seguindo todos os passos para ser um bom líder, há consequências inevitáveis. “Aprender a ser um chefe é, às vezes, um pouco doloroso. Nem todo mundo vai gostar de você ou de suas decisões.”
Na rotina, ser ouvinte também é ponto-chave da liderança, mesmo que já tenha a resposta. “A habilidade mais importante que você pode aprender como um chefe é manter sua boca fechada e ser um ouvinte ativo.”
Patrocinadores e mentores no desenvolvimento de carreira
Patrocinadores e mentores podem auxiliar o sucesso da sua carreira; por isso, é importante distinguir cada um eles e conhecer alguns insights para buscá-los, de acordo com Dra. Gloria Salazar, Vice-presidente de Diversidade e Equidade na Saúde do Departamento de Radiologia da Universidade da Carolina do Norte.
Ela explica que é muito comum ter um mentor, mas há pessoas que sequer sabem sobre os patrocinadores. “Então, a razão pela qual talvez nós não tenhamos um patrocínio é porque nós não tivemos um plano estratégico para nossa carreira, talvez, ou ninguém nos disse sobre isso”, disse.
A diferença é simples. Enquanto o mentor é alguém que tem conhecimento e que compartilha com você. O patrocinador é aquele que está em uma posição de poder e pode te dar visibilidade, como te indicar para palestrar em um grande evento, por exemplo.
Em síntese, mentoria e patrocínio são necessários em uma carreira profissional e na promoção da carreira de radiologista. “Eu, honestamente, posso dizer que a razão pela qual estou aqui, nessa posição de liderança, é devido às minhas conexões, dos meus amigos, dos meus mentores e dos meus patrocinadores”, destacou.