Foto: Paula Viecelli
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Em sua primeira vez no Brasil, o Dr. Paul Yi, da Universidade de Maryland (EUA), participou do 2º Encontro Latino-Americano de IA em Saúde. Sua palestra foi uma das mais concorridas da manhã do sábado e teve como tema “IA em Radiologia: por que a colaboração é fundamental”.
Ele, que é pesquisador do assunto desde 2017, contou que o trabalho da Inteligência Artificial voltada à Radiologia envolve três partes: os profissionais radiologistas, a informática médica e as máquinas de imagem. “Por isso digo que a evolução da IA é um trabalho de colaboração. A troca de informações entre esses elementos é fundamental para os trabalhos evoluírem, serem mais assertivos e confiáveis”, explica.
“Estudos de IA em radiologia demonstram forte crescimento em todo mundo, mas acredito que todos esses avanços nunca vão substituir os profissionais humanos. Esses algoritmos precisam ser alimentados por dados e estas informações têm que ser fornecidas pelos profissionais da área que analisam prontuários, prescrevem medicações e um conjunto de outras itens que são subsídios para esses softwares de análises”, diz.
Na avaliação dele, esses vieses são importantes para o cruzamento de dados a fim de construirmos um diagnóstico mais preciso, que ajude os radiologistas na combinação de imagens mais definidas. “Há grande euforia em torno da IA em todo o mundo e ela pode ser usada tanto para o bem como o mal, já que é um sistema que reúne dados que se não forem alimentados de forma exata podem comprometer resultados distorcidos na avaliação diagnóstica”.
Dr. Paul Yi finalizou sua palestra explicando que a Inteligência Artificial na radiologia é um quebra-cabeça em constate mudança e acrescentou que alimentar essa rede de colaboração é fundamental. “A participação dos radiologistas é elementar: é preferível ter um profissional dessa área do que deixar isso nas mãos de um investidor da bolsa”, brincou.
