Por Lucy Tamborino
Fotos ASA 400 Studio
A JPR 2025 dedicou espaço no sábado (03) ao 4º Encontro Nacional de Acadêmicos e de Ligas de Radiologia, um evento que busca aproximar e orientar os futuros médicos. A programação se estendeu até domingo (04) e foi encerrada com a Batalha de Ligas.
O Encontro foi coordenado pelo Dr. Ângelo Chelotti Duarte, Mayra Veloso Ayrimoraes Soares, Marcel Koenigkam Santos e Ubenicio Silveira Dias Júnior.
Orientações para os futuros médicos: de redes sociais, à residência e inovação
A sessão de aulas, realizada no sábado, foi inaugurada com a participação da Dra. Ana Paula Alves Fonseca, coordenadora do fellow de neurorradiologia do grupo Dasa. Ela destacou a importância das redes sociais para a medicina.
Na aula, apresentou um guia básico para a produção de conteúdo online, como considerar público-alvo, objetivo e conteúdo, sempre pautados pela ética e pelas normas do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Na sequência, foi abordado o papel das ligas para aproximar os residentes de atividades extracurriculares, que agregam em seus currículos, diante de uma formação médica incompleta. “Estamos aqui só para guiar, mas cada um vai buscar seu caminho”, ponderou Dr. Gustavo Pereira Fraga, Coordenador da Disciplina de Cirurgia do Trauma da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Unicamp.
Ainda, Dr. Miguel José Francisco Neto, coordenador médico do Departamento de Imagem Hospital Albert Einstein, destacou os desafios do currículo tradicional da formação, como ensino fragmentado e desconectado da prática clínica; avaliações de baixa resolução; pouca integração com a realidade diagnóstica e baixo engajamento discente.
Neste cenário, é importante entender os caminhos para o PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica). Segundo Dr. Fernando Cendes, Professor Titular e coordenador do serviço de Epilepsia do Departamento de Neurologia da FCM-UNICAMP, o primeiro passo é escolher um bom assunto e elaborar um projeto consistente, buscando um grupo de apoio e um mentor. Dr. Cendes ressaltou a necessidade de organizar um bom material e de ser resiliente em caso de reprovação na primeira tentativa.
Já Dr. Angelo Chelotti Duarte, Coordenador da Residência Médica na Santa Casa de São Paulo e também do Encontro Nacional de Acadêmicos e de Ligas de Radiologia, explicou o processo de residência médica em radiologia, como uma passagem importante para transformar um aluno acadêmico em um médico especialista.
Para ele, a residência médica vai além do conhecimento técnico em imagem; é formada por base clínica e desenvolvimento da capacidade de comunicação com outras equipes médicas. Isso possibilita que o profissional de radiologia entregue valor, para além de atuar como “laudador”.
Inovação e tecnologia: como as antigas e novas gerações podem se preparar?
A rápida evolução tecnológica tem transformado diversos setores, e a radiologia não é exceção. Dr. Jorge Soto, Chefe de Radiologia do Boston Medical Center, e Dr. Roy Riascos, Vice-Presidente de Inovações do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, abordaram o assunto.
Dr. Soto esclareceu que passamos pela quarta revolução industrial, impulsionada pela informática e inteligência artificial (IA), e como essa transformação impactará a radiologia. “Nosso desafio é como você pensa em aplicar a IA, não só na nossa operação, mas também na nossa estratégia”, ponderou.
Ainda, Dr. Riascos apresentou a perspectiva da IA para profissionais em formação e aqueles mais experientes. Para ele, é necessário que os programas de residência apliquem conhecimento e habilidades relacionadas à IA, preparando os futuros profissionais. Já aqueles médicos em exercício precisam criar valor em seus trabalhos e estar pronto para a inovação. “Sejam precoces, os que chegarem atrasados estarão atrasados demais”, aconselhou.
2ª Batalha das Ligas: construindo conhecimento e se desafiando
Fechando a programação do Encontro, foi realizada a 2ª Batalha das Ligas, no domingo (04). Ao todo, foram realizadas 20 perguntas para os participantes, incentivando o debate de ideias e aprendizado entre os estudantes.
Em cada pergunta de múltipla escolha, as equipes tinham quatro minutos para discutir e apresentar a resposta final escolhida, sinalizando com uma placa. Ao fim de cada pergunta, o Dr. Manoel Henrique Fonseca Duarte, moderador da sessão, explicava os motivos da correção ou incorreção da resposta.
Placar final
Grupo 1: 16 pontos
Limsa – LigaAcadêmica de Imaginologia da Faculdade de Medicina de Santo Amaro
Ladi – Liga Acadêmica de Diagnóstico por imagem da Universidade Nove de Julho
Laim – Liga Acadêmica de Imaginologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Grupo 2: 13 pontos
Limsa – Liga Acadêmica de Imaginologia da Faculdade de Medicina de Santo Amaro
Grupo 3: 13 pontos
Limsa – Liga Acadêmica de Imaginologia da Faculdade de Medicina de Santo Amaro