O Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço, em 27 de julho, convida à reflexão sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. Os tumores malignos, popularmente conhecidos como cânceres, podem acometer as seguintes regiões da cabeça e do pescoço: boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas e outros locais da faringe, laringe, esôfago cervical, tireoide, seios paranasais, fossas nasais, glândulas salivares e a pele da face e do pescoço.
“A maioria dessas doenças está associada à exposição solar, ao etilismo, ao tabagismo e à infecção pelo HPV, fatores de risco evitáveis”, alerta Dr. Marcio Ricardo Taveira Garcia, Coordenador Médico do Grupo de Diagnóstico por Imagem de Cabeça e Pescoço do DASA São Paulo e um dos coordenadores de Cabeça e Pescoço da comissão científica da SPR.
“Como profissionais da saúde, nós médicos devemos orientar a população a se proteger do sol com protetores solares e roupas e acessórios contra os raios ultravioleta, a utilizar preservativos durante o sexo, inclusive o oral, e se vacinar contra o HPV (as vacinas estão disponíveis no sistema público e privado) e se conscientizar sobre os malefícios do etilismo e de todas as formas de consumo do tabaco”, ressalta.
Infelizmente, o diagnóstico tardio da doença ocorre em 60% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde, o que implica em tratamentos mais agressivos e, muitas vezes, em uma menor sobrevida.
Na jornada do paciente diagnosticado com câncer de cabeça e pescoço, a radiologia tem papel fundamental no diagnóstico, planejamento e acompanhamento do tratamento. Os exames de imagem informam a localização, o tamanho e a extensão do tumor. No arsenal desses exames estão a ultrassonografia, a tomografia, a ressonância magnética e o PET-CT.
“A ultrassonografia é muito utilizada para avaliar os tumores de tireoide e de pele. Para os tumores nasais e paranasais, da cavidade oral, faringe, laringe e esôfago, o método de escolha inicial é a tomografia computadorizada, que permite uma avaliação rápida e precisa na maioria dos casos. A ressonância magnética pode ser utilizada como um exame complementar à tomografia, principalmente para os casos na nasofaringe ou quando houver dúvidas de comprometimento de nervos e cartilagens. Já o PET-CT é um exame para avaliação mais sistêmica do paciente, bastante útil para detectar metástases e possíveis recidivas do câncer após o tratamento”, exemplifica.