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A radiologia na luta contra o AVC

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Hoje é o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC). A doença é uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, é a causa mais frequente de óbito na população adulta e consiste no diagnóstico de 10% das internações hospitalares públicas.

“Em caso de suspeita de AVC, o atendimento rápido pode salvar o paciente e a radiologia é impreterível para a definição da conduta mais adequada”, informa o médico neurorradiologista Dr. Felipe Torres Pacheco, membro da SPR e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica, que atua no Grupo Dasa e na Santa Casa de São Paulo.

O especialista informa que a realização de uma tomografia ou ressonância magnética permite diferenciar se o AVC é isquêmico ou hemorrágico, dado essencial para a definição do tratamento. De acordo com os achados no exame de imagem, o paciente pode ser tratado com medicação venosa, que tem a função de dissolver o coágulo sanguíneo que está obstruindo a artéria cerebral. Em outros casos, para um grupo específico de pacientes e definidos pelos exames de imagem, deve-se realizar a trombectomia mecânica, um procedimento cirúrgico em que cateteres conduzem um dispositivo capaz de desobstruir o vaso sanguíneo. Esse procedimento faz parte da neurorradiologia intervencionista, uma área de atuação dentro da radiologia.

Segundo Dr. Felipe, a evolução de novas técnicas por imagem também tem possibilitado tratar um maior número de pacientes. A técnica de perfusão por tomografia ou ressonância, por exemplo, permitem identificar o tecido cerebral que ainda pode ser salvo e, com este achado, pacientes que anteriormente não tinham indicação de tratamento, hoje podem se beneficiar de um tratamento específico. Outra técnica enfatizada pelo Dr. Felipe é o estudo de parede vascular. “Essa é uma técnica relativamente nova, realizada através da ressonância magnética, que ajuda na definição da etiologia do AVC isquêmico”.