Foto: Márcio Norris
Presente na JPR desde 2019, a Vila da Inovação encantou e surpreendeu os visitantes que acompanharam suas apresentações. Neste primeiro dia de evento, 27 de abril, seis projetos inovadores foram apresentados, além de aulas esclarecedoras sobre atualizações radiológicas.
A ideia é criar um espaço democrático sobre a inovação e seu valor para o mercado, envolvendo os diversos players nesta transformação. “Acreditamos que todos que visitarem a Vila da Inovação terão contato com tecnologia de ponta, que poderá ser levada a suas clínicas e instituições”, destacou o moderador Dr. Felipe Barjud Pereira do Nascimento.
A inovação surge como uma necessidade para resolver gargalos no setor de radiologia, otimizando tempo e recursos dos profissionais de saúde. “Os projetos são muito interessantes, estamos vendo a aplicação de inteligência artificial na prática”, complementou.
Dentre as apresentações da manhã, houve “Metaverso e Realidade Virtual para Exames de Imagem”, apresentado pelo sócio da Dive Realities, Anders Rinaldi Angelin. A iniciativa pretende atuar com a realidade virtual e mista, para o planejamento e discussões de casos. Entre as metas está diminuir, em média, 30% do tempo de internação hospitalar, além de proporcionar mais segurança aos pacientes cirúrgicos.
Angelin é formado em Audiovisual e especializado em desenvolvimento e gestão de produtos digitais, e explica como iniciou na área de inovações médicas. “Foi a partir de 2020, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, como analista de inovação; desenvolvemos uma série de projetos nas áreas de realidade virtual, realidade aumentada e impressão 3D. Foi uma conjunção desse meu estudo na área de audiovisual, de software e produtos digitais”, destacou.
O período também contou com o projeto Vellame, “Aplicação da Ferramenta de Inteligência Artificial ChatGPT em Manutenção de Equipamentos de Diagnóstico por Imagem e Impactos para o Segmento, apresentado por Júlio Melo Vellame, e o projeto Philips, “Apresentação da Tecnologia BlueSeal”, conduzido por Frederico Glian de Oliveira e Livio Schettini.
Outro projeto inovador é o da Konica Minolta – a Radiografia Digital Dinâmica (DDR) – que fornece diversas imagens digitais individuais adquiridas em alta velocidade e baixa dose. A solução foi apresentada por Marcelo Schneider Bemvenuti, físico e especialista em radiodiagnóstico.
O profissional destaca que a possibilidade de uma imagem mais ampla auxilia na qualidade da informação e entendimento do paciente ao seu prognóstico. “Antes, o paciente colocava uma prótese no ombro ou no joelho e colocávamos o raio x estático, e essa era a única informação. Agora, depois de um mês ou dois meses da cirurgia, a gente consegue mostrar para ele a limitação deste movimento na imagem”, afirmou. Do ponto de vista médico, Bemvenuti destacou a possibilidade de ver o órgão pulmonar em funcionamento. Ainda, quando integrada ao raio x móvel, é possível lidar com os pacientes acamados.
Mariana Couto, médica radiologista, comentou sua experiência no espaço: “Achei muito interessante as aulas; a telerradiologia e a inteligência artificial são temática que estão em alta. Não resta outra opção se não aprendermos mais sobre o assunto”, avaliou. Ela participa pela primeira vez da JPR: “Estou achando a JPR fantástica, um evento enorme e muito legal, com muita coisa, dá para aprender bastante”.
A analista de Inovação, Julia Milagre, comentou sobre as oportunidades da iniciativa: “A Vila da Inovação possibilita uma troca, para as pessoas conversarem, apresentarem também seus pontos como empresa, dores e dificuldades. Espero participar mais vezes”.
