JPR 2024
Drs. Tomás de Andrade Lourenção Freddi, Ana Paula Alves Fonseca e Paulo Moraes Agnollitto (fotos: Kelly Queiroz)

As mídias sociais e as novas resoluções do CFM

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Uma das sessões da SPR TV no terceiro dia do evento trouxe o papel das redes sociais para o médico radiologista e frente às resoluções do CFM sobre publicidade e propaganda. Na sessão, o Dr. Paulo Moraes Agnollitto, médico assistente do Grupo de Radiologia Musculoesquelética do HCFMRP-USP, respondeu à pergunta se o radiologista precisa estar nas mídias sociais.

Entre outras vantagens para o médico, as redes sociais apresentam um bom ranqueamento no Google, muitas vezes melhor que o próprio site pessoal do médico; então, funcionam para localizar, “como as Páginas Amarelas de antigamente”, compara. Além disso, segundo o médico, todo espaço é ocupado: “Se você não ocupar, como bom profissional, coisas ruins vão ocupar”.

As redes sociais são ferramentas e devem ser usadas da forma correta. “Como um bisturi, que também é uma ferramenta; se você não usar da forma correta, pode se machucar”, comenta.

Ao começar suas próprias redes você deve escolher se seu perfil terá um viés informativo, educacional ou empresarial e mostrar sua autoridade no assunto, sempre dando um toque pessoal. Também deve escolher se seu conteúdo é para colegas ou para pacientes.

A rede social pode ser um cartão de visita e pode servir para as áreas de recursos humanos encontrarem o médico.

Sobre a decisão de como começar, o médico sugere que se busque agências, embora o conteúdo possa ficar muito padronizado. Ou pode fazer sozinho, “mas mesmo que você use uma agência, você precisa ter um conhecimento prévio”, aconselha.  O médico também recomenda não ficar muito focado em métricas, mas sim se divertir. É preciso ter constância, esforço e um plano bem estabelecido. “Comece de qualquer jeito, simplesmente comece e vá criando gosto”, afirma.

 

CFM busca avanços na área

As novas regulamentações do CFM vieram para se equiparar a outros conselhos profissionais que estavam muito mais avançados no tema. Não era permitido usar fotos de paciente, mesmo com autorização. “Era desleal para algumas especialidades e para os radiologistas, não existia nada na regulamentação que falasse sobre o uso de imagens”, afirma a Dra. Ana Paula Alves Fonseca, neurorradiologista do Grupo Dasa.

As mudanças que começam a vigorar este ano permitiram que o médico use de dados e atue de forma mais responsável. Passa a ser necessário informar o seu CRM e seu RQE, postar fotos do ambiente de trabalho e de novas tecnologias (desde que aprovadas pela Anvisa), falar sobre consultas, endereço do consultório, valores de procedimentos. Mas segue a proibição da concorrência desleal, caracterizada pelo uso de expressões como “o melhor, o mais barato etc.”.

“Uma grande mudança foi regularizar o uso de fotos de pacientes e exames com finalidade educativa, desde que haja consentimento expresso. Os exames não podem ser identificados e nem as fotos podem revelar quem é o paciente.  Mas mostrar antes e depois de procedimentos de forma realística agora é possível”, afirma a Dra. Ana Paula.

O moderador Dr. Tomás de Andrade Lourenção Freddi com Dra. Ana Paula Alves Fonseca

Para a Dra. Ana Paula, pouca coisa mudou, já que não havia uma regulamentação explícita para o uso de imagem. “Eu só usava imagens de artigos abertos e, agora, como trabalho em um serviço em que o paciente autoriza o uso das suas imagens para finalidade educativa no momento que assina o termo de aplicação de contraste, facilita a divulgação”, completa.

Siga os perfis dos médicos da sessão no Instagram: @ana.neurorradio | @dr_litto | @drtomasfreddi