Neste mês, em 15 de junho, celebramos o Dia Mundial de Conscientização sobre o Câncer de Rim. De acordo com Dr. Regis França, médico radiologista, doutor em ciências pela FMUSP e presidente do Clube Roentgen da SPR, o tumor de rim representa entre 2% e 3% de todos os tipos de cânceres e, nos últimos anos, sua incidência vem crescendo.
O especialista informa que é provável que o aumento dos casos de câncer de rim esteja relacionado à realização de maior número de exames de imagem, como ultrassons, tomografias, ressonância magnética. “A radiologia está presente em todas as etapas do manejo do tumor de rim – do diagnóstico ao tratamento”, afirma o médico.
A maioria dos tumores que aparece nos exames de imagem é pequeno, menor que quatro centímentros. O próximo passo é determinar se este tumor é benigno ou maligno. “Dessas pequenas lesões, apenas 20% são benignas. E, no caso de dúvida diagnóstica, temos a possibilidade de fazer biópsias percutâneas guiadas por imagem”, explica. A radiologia intervencionista também pode atuar no tratamento das lesões pequenas com as técnicas de ablação por radiofrequência (as células cancerosas são mortas por fonte de calor) ou de crioablação (que destrói o tumor por meio de congelação).
Além disso, há casos selecionados de lesões pequenas em que o médico opta pela chamada vigilância ativa – não tratar e observar de perto o comportamento do tumor com auxílio dos exames de imagem. Segundo Dr. Regis, com o avanço da oncologia, a gama de tratamentos para tumores avançados foi ampliada, com o desenvolvimento, por exemplo, de drogas-alvo e da imunoterapia. “Nesses casos, a radiologia também contribui, especialmente no pós-tratamento, para o seguimento dessas lesões”, conclui.