A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, em conjunto com referências da área de imagem cardíaca, está promovendo o Censo da Comunidade de Imagem Cardiovascular no Brasil. O projeto visa mapear e entender quem são os profissionais e como estão distribuídos pelo país.
Nos últimos anos, a área de imagem cardiovascular cresceu exponencialmente, acompanhando os avanços tecnológicos e a demanda por diagnósticos mais precisos e eficientes. Devido a essa grande expansão, ainda não sabemos o real tamanho e perfil da comunidade.
Desse modo, o objetivo do censo é entender quem são, quantos são e onde estão todos os profissionais, além de identificar quais são as especialidades envolvidas – sejam radiologistas, cardiologistas, pediatras, entre outros. Essa informação é essencial para moldar as diretrizes futuras, identificar áreas com maiores necessidades e, sobretudo, para aproximar a comunidade médica.
Os números de exames no Brasil
Os dados de 2023 evidenciam o crescimento expressivo da imagem cardíaca no Brasil, com grandes quantidades de ressonância magnética e tomografia cardiovascular.
- Ressonância Magnética (RM):
- Cerca de 9 mil exames realizados pelo SUS, sendo 63% no Sudeste, 19% no Nordeste, 11% no Sul e o restante dividido entre Centro-Oeste e Norte.
- Na medicina suplementar, foram 42 mil exames, com uma distribuição mais ampla, mas ainda com o Sudeste liderando (53%), seguido pelo Sul (30%).
- Tomografia Computadorizada (TC):
- Um total de 114 mil exames, sendo 110 mil angiotomografias de coronárias e 4 mil escore de cálcio. O Sudeste lidera novamente, com 48%, seguido pelo Sul, com 28%.
Esses índices demonstram o crescimento desse tipo de exame, mas também uma distribuição desigual, com maior concentração de exames nas regiões Sudeste e Sul. Isso levanta questões importantes: os profissionais também estão concentrados nessas regiões? Há áreas carentes de especialistas em relação à demanda por exames?
O que o censo trará de novo?
Os números anteriores geram o questionamento se os profissionais estão concentrados em poucas regiões e se há carência de especialistas. Desse modo, além de mapear a comunidade, conhecer o perfil e a distribuição dos profissionais, é um passo essencial para democratizar o acesso a esse tipo de exame e preparar a próxima geração de médicos radiologistas.
Além disso, o censo visa fomentar políticas públicas e iniciativas educacionais que contribuam para regulamentar a profissão e garantir a formação adequada de novos especialistas.
Responder ao censo é uma maneira de fortalecer a especialidade e contribuir para o futuro da imagem cardiovascular no Brasil. Juntos, podemos entender nossas oportunidades, desafios e o principal: aumentar a sobrevida dos pacientes que sofrem com doenças cardiovasculares, com maior oferta de ressonância magnética e tomografia computadorizada.
Participe do Censo da Comunidade de RM/TC Cardiovascular e ajude a mapear os profissionais que trabalham com imagem cardíaca no Brasil.
