Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, uma data reservada a reforçar ações de conscientização sobre os malefícios do tabagismo. O radiologista Dr. Marcio Valente Yamada Sawamura, um dos coordenadores científicos da área de tórax da SPR, ressalta que o tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão que, entre as doenças oncológicas, é a que mais mata no Brasil e no mundo. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 32 mil novos casos de câncer de pulmão no Brasil por ano e informa que em 2020 o câncer de pulmão foi responsável por 28.618 mortes.
“Não há qualquer forma segura de consumo de tabaco”, alerta o especialista. Ele lembra que o cigarro eletrônico, apesar de proibido no Brasil, tem se popularizado pela falsa propaganda de que é apenas um vapor aromatizado. “Mas o dispositivo leva para o organismo diversas substâncias prejudiciais à saúde, entre elas a nicotina, responsável por tornar a pessoa dependente. E, da mesma forma, a nicotina, assim como outras substâncias tóxicas estão presentes em qualquer derivado do tabaco, seja o consumo realizado por meio de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé”, complementa.
Para o diagnóstico precoce de câncer de pulmão, o rastreamento com exames de tomografia de tórax com baixa dose de radiação é recomendado, especialmente em tabagistas de longa data. “Esse tipo de rastreamento já é adotado como política de saúde pública nos Estados Unidos e em alguns países da Europa e é uma tendência na saúde. De qualquer forma, a prevenção primária, ou seja, não consumir tabaco permanece como a melhor opção”, afirma.
