A JPR iniciou sua programação nesta quinta-feira, 02, com quatro aulas do módulo “Profissionalismo e Gestão em Saúde: ABCDI–CBR”, focadas na gestão assertiva de clínicas e do patrimônio.
A primeira aula demonstrou a relevância das clínicas manterem um modelo de gestão corporativo. A demanda é urgente para otimizar custos e recursos, e até evitar desvios financeiros.
“Inovação não é só tecnologia, mas rever os processos e a cultura. A estratégia de simplesmente cortar custos parou de funcionar há uma década – estamos agora cortando além da superfície, sem perceber que isso pode afetar diretamente os médicos solicitantes”, ponderou Carlos Eduardo Ferreira de Moura, Assessor Econômico do CBR e representante do CBR no Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (COPISS) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
É preciso estabelecer ferramentas eficazes para identificar possíveis gargalos e montar um plano com um objetivo e um conjunto de resultados-chave (metas baseadas em KPIs que indicam o progresso).
Na segunda aula, o Assessor Econômico do CBR ainda mencionou outro desafio: o pagamento adequado de exames aos médicos radiologistas. Para resolver este obstáculo, o CBR conseguiu que os planos de saúde estabelecessem valores distintos para laudos evolutivos e de revisão.
Investimentos e garantia de patrimônio
Ainda na terceira aula, Gustavo Samogim, especialista em Fundos de Investimento, Mercado Interbancário, Títulos Públicos e Captação de Recursos, tratou sobre a necessidade de investimentos, respeitando o nível de renda e divida em diversas fases da vida, tendo como previsão de pico da carreira entre os 40 e 50 anos, momento de aumentar investimentos e acúmulo de ativos.
O especialista ainda apresentou as opções de investimentos, as vantagens e desvantagens, seja para pessoa física ou jurídica. “Não existe uma receita de bolo e um portfólio adequado para cada pessoa, isso precisa ser construído a quatro mãos (a assessoria e o cliente), respeitando a Teoria de Ciclo de Vida de Modigliani”, avaliou.
A quarta aula, sobre planejamento patrimonial e sucessório, tratou ainda das vantagens de manter uma holding familiar, como perpetuação do patrimônio ao longo da vida, redução de impactos tributários e, posteriormente, a dispensa de inventário e custos recorrentes.
Mas é preciso cautela: “Há quem imagine que a holding vai resolver sua vida instantaneamente, não é bem assim; é preciso acompanhar os números e indicadores”, finalizou Janaína Cristina Oliveira Lopes Samogim, Advogada Especialista em Direito Tributário e Membro da Comissão Especial de Direito Tributário da OAS/SP.
Confira os depoimentos dos participantes: