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Conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço

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Julho Verde é o mês de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, doença oncológica que reúne diferentes tumores malignos que podem acometer a cavidade oral, seios da face, faringe, nasofaringe, orofaringe, hipofaringe, laringe, glândulas salivares e glândula tireoide.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para 41 mil novos casos/ano de câncer de cabeça e pescoço para o triênio 2023/2025. No Brasil, os tipos mais comuns são os de cavidade oral, nos homens, e de laringe e de tireoide, nas mulheres.

A médica radiologista Dra. Regina Lúcia Elia Gomes, uma das coordenadoras do Grupo de Cabeça e Pescoço da SPR, alerta que esse tipo de câncer está relacionado ao tabagismo, etilismo e à infecção pelo HPV (papilomavírus humano), principalmente em pacientes mais jovens. Portanto, é essencial para prevenir a doença, vacinar meninos e meninas contra o HPV, um imunizante disponível no SUS.

Do diagnóstico ao tratamento, o médico radiologista faz parte da equipe multidisciplinar, composta também por cirurgiões de cabeça e pescoço, otorrinolaringologistas, radioterapeutas, oncologistas, patologistas, fonoaudiólogos, entre outros profissionais, e tem papel importante em toda a jornada do paciente. No diagnóstico, Dra. Regina destaca a importância da colaboração entre as diferentes especialidades porque para adotar o melhor protocolo de exames de imagem, o médico radiologista precisa saber dos achados de outros métodos de imagem, que o paciente pode ter realizado, além de informações sobre o exame clínico e dados laboratoriais. O diagnóstico precoce é essencial para o êxito do tratamento.

O médico radiologista também participa do estadiamento do paciente e do seguimento – mostrando sua evolução em relação ao tratamento por meio dos exames de imagem, além de orientar nas discussões multidisciplinares sobre as possibilidades de melhor acesso cirúrgico ou planejamento radioterápico; o melhor meio de se fazer uma biópsia, com a menor morbidade possível para o paciente, cuidado importante em tumores de difícil acesso ou que podem afetar áreas nobres do organismo.

Ultimamente, a incorporação de novas tecnologias tem ajudado nesse papel, como a utilização da inteligência artificial (na aplicação de ferramentas como machine learning, deep learning, entre outras) no cálculo da volumetria tumoral para o controle evolutivo, na identificação de possíveis complicações agudas etc.

Em resumo, o papel do médico radiologista como um consultor tem cada vez mais destaque no dia-a-dia e nas reuniões multidisciplinares, atuando de maneira decisiva na condução dos casos.