A palestrante internacional do GERME, Dra. Lynne Steinbach, deu uma entrevista ao Jornal da Imagem avaliando o evento. Ela é professora emérita da Universidade da Califórnia de San Francisco, e uma das radiologistas de destaque mundial na área de imagem em esporte.
Qual é sua opinião geral sobre o evento?
Vemos aqui vários especialistas em radiologia musculoesquelética e também cirurgiões ortopédicos de alto nível, e acho que isso é ótimo. Estou aprendendo coisas novas sobre temas como ligamentos do joelho, como estão tratando eles, temas que não falamos há anos. Então, estou muito bem impressionada com o alto nível e o quanto todos são inovadores.
Como o aspecto multidisciplinar do congresso influencia na rotina do especialista?
Ele nos deixa cientes do que é importante quando um cirurgião encaminha um paciente pra gente. Nos faz procurar por anormalidades quando estamos laudando e incluí-las nos laudos, porque geralmente não incluímos.
Acho que também nos torna mais respeitados por outros tipos de clínicos, para quando nos encontramos e temos reuniões com eles. E mesmo quando eles são envolvidos em treinamentos com radiologistas, como em São Francisco – às vezes, temos residentes de ortopedia no nosso serviço. Aprendemos muito com eles, mas certamente eles aprendem muito com a gente também.
Qual seu conselho aos jovens profissionais que querem seguir carreira em musculoesquelético?
Acho que eles deveriam frequentar congressos como este. Sei que vocês têm eventos para residentes de alto nível, e temos também eventos internacionais na área, e vemos vários brasileiros frequentando no exterior. Na International Skeletal Society, onde fui presidente, sempre víamos eles formando um grupo incrível de nossos membros, sempre muito ativos, muito atualizados nos achados, e nos trazem seus aprendizados, como olhar para as coisas, especialmente no alto nível de cirurgiões ortopédicos. Então acho que frequentar esses cursos, se comunicar com os colegas e com os clínicos, ler – antes eram livros, agora é mais no Google, e acho que um equilíbrio entre os dois é bom -, ter um método organizado de aprendizado, tudo isso contribui.
Às vezes, as pessoas vão a outras instituições para aprender, e tivemos alguns brasileiros nos Estados Unidos que foram estudar conosco, e isso é bom. E mesmo um intercâmbio entre americanos e brasileiros seria uma boa ideia.
Gostaria de ressaltar alguma aula do evento?
Acho difícil fazer isso… Eu gosto das correlações com o ortopedista. Todos os radiologistas foram excelentes, e explicaram muitos procedimentos, como fazem as coisas, como interpretam após a cirurgia. Aulas sobre como protocolar são boas, e como organizamos o que vamos laudar, como vamos laudar, mas todos foram excelentes.
Entendo que você então recomenda o nosso evento! Podemos aguardá-la novamente?
Sim, com certeza recomendo e voltarei! Já tive a sorte de estar aqui antes para a JPR, mas estou impressionada com a quantidade de pessoas neste evento e a presença de palestrantes tão qualificados em ótimos tópicos.
